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VEJA FOTOS DE INTERNAUTAS EM LUGARES ROMÂNTICOS
Era o caso da minha mãe, enfermeira, solteira, ela faleceu
quando eu tinha 19 anos, me deixando na mais absoluta solidão.
Felizmente eu tinha um bom emprego, pois trabalhava desde os 16 anos e
fui levando a minha vida.
Naquele 13 de junho de 2003 conheci, em um tradicional bar de
rock de São Paulo, o Café Piu-Piu, Thomas Hebert, estudante de
engenharia mecânica do norte da França, com o qual puxei assunto.
Durante toda minha vida me interessei pela língua inglesa, era
autodidata, mas não tinha ninguém pra praticar. Mas como um bom francês,
ele se recusou a falar inglês e fazia questão de conversar em
português, apesar de, na época, saber só 5% da língua.
A comunicação era difícil e engraçada. Naquela noite, ele não me
interessou, mas trocamos telefone e e-mails e um dia saímos para um
lanche. Entre um salgado e outro, olhava pra ele e pensava: meu Deus,
ele é um príncipe!
Naquela tarde mesmo começamos a namorar e não desgrudamos mais.
Porém, sabíamos que dentro de alguns meses teríamos que nos separar,
pois ele terminaria seu estágio na USP e voltaria para terminar os
estudos na França.
Quando ele partiu, não conseguimos separar os corações. Ele me
ligava diariamente. Nos amávamos muito e um dia eu disse: "vou juntar
dinheiro e passar minhas férias com você".
Em março de 2004, entrei em um avião pela primeira vez na vida.
Estava indo em direção à tão visitada Paris. Foram 20 dias de muito amor
e passeios, parecia um sonho mesmo. Voltei para o Brasil e combinamos
que ele viria em novembro. Novembro chegou e aqui estava ele: com uma
mala, sem dinheiro, sem visto, sem emprego.
Morou comigo na Cidade Tiradentes por um mês. Sabe como são os
franceses, né? Para ele era uma experiência quase antropológica estar
entre pessoas tão diferentes. Ir à feira, para ele, era uma alegria. Os
feirantes o chamavam de "Alemão" e ele respondia: "Eu te chamo de
argentino? Então não me chama de alemão".
Felizmente ele tinha um bom currículo e logo conseguiu emprego,
que lhe proporcionou um visto de trabalho e bom salário. O único
problema é que o trabalho era Curitiba.
Eu, então, passei a viajar todos os finais de semana para ficar
com ele. Até que, em 2006, entrei no plano de demissão voluntário da
empresa e me mudei para Curitiba. Moramos juntos desde então. No nosso
lar não tem espaço para brigas, desavença. Vivemos na mais absoluta
harmonia, paz e amor.
Nos casamos em novembro do ano passado depois de dois anos
morando juntos. A família dele vem pra cá de vez em quando. A integração
é perfeita. Estou terminando o meu curso de Relações Internacionais, e
hoje falo francês fluentemente. Viajamos muito para a Europa e conheço
muito mais o Brasil. Antes dele, só conhecia o Estado de São Paulo. Vale
dizer, que antes de conhecê-lo, nunca havia viajado de avião.
Amore Mio
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